OIM

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL PARA MIGRAÇÃO

Nos anos recentes, um dos mais notórios efeitos da crescente globalização é o aumento dos fluxos migratórios em todo o mundo. Atualmente, a maioria dos países – principalmente os desenvolvidos – vive com a presença de milhares de imigrantes de todas as partes do mundo presentes em seus territórios que, acompanhados de sensacionalismo da mídia, têm-se tornado fontes de profunda ansiedade e insegurança nas populações locais no que diz respeito à disputa por empregos, moradia e benefícios providos pelo Estado.

A Organização Internacional para Migração (OMI) é dedicada à promoção humana e migração ordenada para o benefício de todos. O objetivo das reuniões anuais da OMI é abordar questões relacionadas aos fluxos migratórios atuais, de modo a criar soluções para tópicos de extrema relevância no cenário internacional, como a migração latina para os Estados Unidos, a migração africana e asiática para a Europa e o tráfico internacional de mulheres e crianças, além promoção do direito de asilo por parte dos países desenvolvidos.

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Política de imigração opõe Brasil e Espanha
Itamaraty pede explicações sobre maus-tratos a brasileiros; espanhóis agora se queixam da imigração em São Paulo e no Rio

SÃO PAULO E MADRI. Uma semana após a retenção, por três dias, da aposentada Dionísia Rosa da Silva, de 77 anos, no aeroporto de Barajas, em Madri, Brasil e Espanha trocam queixas em relação ao tratamento dispensado no setor de imigração aos seus respectivos cidadãos. Pela segunda vez desde o episódio, o governo brasileiro pediu às autoridades espanholas que expliquem o caso de Dionísia e também apurem outras denúncias de maus tratos a brasileiros.
Enquanto isso, a imprensa espanhola fala em "guerra bilateral de fronteiras" e reclama que o Brasil teria endurecido o seu controle aos espanhóis com um mês de antecedência, por meio da política de reciprocidade, exigindo dos espanhóis os mesmos documentos e requisitos cobrados dos brasileiros. Na última quarta-feira, Pablo de Soto, ativista o Movimento 15 de Maio, foi deportado no Aeroporto Tom Jobim, no Rio. Ele iniciaria esta semana um doutorado em comunicação na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi colocado de volta no avião por não ter visto de estudante. A diretora da Escola de Comunicação da instituição, Ivana Bentes, considerou o caso uma "retaliação" contra espanhóis e criticou a política de reciprocidade.
Já a brasileira Dionísia foi retida no setor de imigração no último dia 5, não podendo completar sua viagem a Espanha, onde encontraria sua família. Ela denunciou ter passado 72 horas em um quarto no aeroporto de Barajas, sem acesso a sua bagagem, sem tomar banho ou se alimentar direito. Informou-se, depois, que ela não teria a carta-convite necessária para ingressar no país. A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, entregou uma carta ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, pedindo a apuração do caso.
- A carta da ministra deu mais força ainda. Estamos reiterando, por nota verbal ao governo, formalizando o pedido de explicações especificamente sobre a senhora Dionísia e acrescentando, por iniciativa do Itamaraty, o pedido de explicações sobre alegados maus tratos a cidadãos brasileiros que tentam entrar em território espanhol - disse o chefe de comunicação do Itamaray, o embaixador Tovar da Silva Nunes.
Em entrevista na terça-feira em São Paulo, Tovar confirmou que, a partir de abril, o governo passaria a aplicar o princípio de reciprocidade com a Espanha:
- A reciprocidade é uma aplicação do que consideramos adequado para filtrar também a entrada de cidadãos espanhóis e, claro, refletindo o que eles acham também necessário para a entrada de brasileiros. Tentamos por um bom tempo aliviar os requisitos para a entrada de brasileiros. Não foi possível. Eles mantiveram; e não houve muita alternativa ao Brasil a não ser aplicar também esses requisitos.
Segundo ele, as regras mais rígidas valem apenas para a Espanha e não para os demais países da União Europeia que não exigem visto de entrada, como a França.
- É verdade que com a Espanha é que se exigiu aplicar regras um pouco mais completas de exame de quem pode ou não entrar em território brasileiro.
Autor(es): agência o globo:Tatiana Farah e Priscila Guilayn
O Globo - 16/03/2012

Um comentário:

  1. Leiam essa reportagem do G1 http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/06/numero-de-refugiados-atinge-recorde-em-2011-diz-agencia-da-onu.html
    Está muito boa.
    Bons estudos!!

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